Um grupo de especialistas reúne-se a partir das 19h do dia 1º de dezembro, no Palácio do Ministério Público (Praça da Matriz, 110), para discutir se a internação compulsória de dependentes de crack é válida no enfrentamento desta epidemia. Participam Rodrigo Pimentel, sociólogo, especialista em segurança pública, escritor e autor do livro que inspirou o filme Tropa de Elite; Fabiano Pereira, secretário estadual da Justiça e Direitos Humano e ex-coordenador do Comitê Estadual de Luta Contra o Crack; Osmar Terra, deputado federal e autor do projeto de lei que propõe extinguir a necessidade de decisão judicial para a internação solicitada pela família e decidida pelo médico; e Preto Zezé, presidente nacional da Central Única das Favelas (CUFA), educador, produtor cultural, escritor e documentarista. A mediação será do presidente do Instituto Crack Nem Pensar (ICNP), Marcelo Lemos Dornelles.
Além dos malefícios físicos e psíquicos, o crack traz transtornos sociais e de segurança. Por isso, o município do Rio de Janeiro foi pioneiro na internação compulsória e se tornou alvo de polêmica nacional. Em São Paulo, as autoridades já se manifestam favoráveis à medida e estudam regras nesse sentido. Mas a internação compulsória tem adeptos a favor e contra por envolver direitos humanos e civis, lei antimanicomial, vantagens e desvantagens e discordância quanto à sua eficiência e garantia de recuperação.
Diante de tudo isso, prevalece a importância de debater o tema. O crack tem-se revelado uma epidemia devastadora, que somente com mobilização de todas as esferas sociais será possível combater. Depois de se tornar dependente químico, o usuário apresenta imensa resistência a tratamentos de desintoxicação, de acordo com profissionais especializados e que convivem com o problema.
O Instituto Crack Nem Pensar tem atuação nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e se propõe a apoiar e promover iniciativas da sociedade para o enfrentamento ao crack e outras drogas, ao informar, atuar e fomentar políticas públicas. O evento é destinado a representantes de organizações sociais, especialistas, educadores, médicos, pesquisadores, representantes da comunidade acadêmica, juízes, promotores e procuradores de Justiça, deputados, empresários, autoridades e imprensa.
A organização deste evento é do ICNP, com patrocínio do Banrisul e da Corsan e apoio do Ministério Público, Governo do Estado, através da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos, e da Assembleia Legislativa. O Conselho do ICNP é composto por Associação do Ministério Público do RS, Associação Catarinense do Ministério Público, Ajuris, Associação dos Magistrados Catarinenses, UFRGS, UFSC e Fundação Maurício Sirotski Sobrinho.
SAIBA MAIS
* O que é o crack: uma pedra clara, em geral com menos de um grama, feito a partir da mistura de pasta-base de coca, refinada com bicarbonato de sódio. É consumido em cachimbos improvisados.
* Danos para a saúde: problemas neurológicos, queimadura dos tecidos, doenças cardíacas e pulmonares e alterações digestivas.
Sistemas de tratamento:
* ambulatorial para quem consegue reduzir o consumo voluntariamente, mas precisa de ajuda e medicamentos. Feito em Centros de Atenção Psicossocial.
* internação: indicado aos que perdem o controle de si e não conseguem vencer a compulsão e diminuir o consumo.
Contatos:
E-mail: institutocrack@gmail.com
Twitter: @institutocrack
Inscreva-se no formulário ao lado e receba novidades sobre eventos, notícias e muito mais!
Telefone: (51) 3014-2001
E-mail: amrigs@amrigs.org.br
Av. Ipiranga, 5311 - Porto Alegre/RS
CEP: 90610-001
©2024 - AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul. Todos os direitos reservados.