Protesto de 25 de abril – Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde – Médicos gaúchos promovem ato público

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Protesto de 25 de abril – Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde – Médicos gaúchos promovem ato público

A Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) do Rio Grande do Sul programou para esta quarta-feira, dia 25, duas atividades que estão incorporadas ao alerta dos médicos de todo o país aos planos de saúde: uma entrevista coletiva e um ato público.

O encontro com a imprensa será realizado às 9h30 na sede do Sindicato Médico do RS. Estarão presentes dirigentes do Cremers, Simers e Amrigs. A entrevista coletiva será para esclarecer a imprensa e a sociedade sobre as questões envolvendo a relação dos médicos com os planos de saúde, em especial sobre os honorários baixos e a interferência indevida e antiética das empresas no exercício da medicina, comprometendo a qualidade do atendimento.

Após, com início às 11h, haverá ato público no auditório Hugo Gerdau, na Santa Casa de Porto Alegre. A manifestação tem por objetivo demonstrar à comunidade a insatisfação dos médicos diante do comportamento antiético das empresas que atuam no setor.

– Há um número significativo de planos que se recusam a negociar com os médicos a reposição das perdas acumuladas nos honorários pagos e o fim de sua interferência na relação entre o médico e seu paciente, o que tem resultado em glosas e não autorização de procedimentos prescritos e/ou solicitados -, comenta o representante do Cremers na CEHM, Isaias Levy.

A comissão de honorários enviou correspondência aos diretores clínicos de todos os hospitais do Estado (350 unidades) no sentido de que os médicos debatam os problemas que afligem os médicos ligados aos planos de saúde.

Os médicos sustentam que nos últimos 11 anos os índices de inflação acumulados superaram os 119%. Por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período. Os números são ainda mais surpreendentes se comparados com o desempenho do mercado de planos de saúde.

Os analistas apontam uma tendência anual de crescimento superior a 10%, o que tem garantido faturamento alto às operadoras. Em 2011, a receita dessas empresas bateu a casa de R$ 81 bilhões, no entanto, sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.

O que é o movimento

Trata-se de um dia de advertência da categoria contra as operadoras que têm se recusado em avançar nas negociações pela recuperação de honorários defasados e pelo fim da interferência antiética na relação entre os profissionais e seus pacientes. As entidades médicas nacionais cobram também o estabelecimento de regras claras para a fixação de contratos entre as operadoras, ação que depende diretamente da interferência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enquanto órgão de regulação.

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