R$ 50 milhões serão destinados a pesquisas sobre doenças transmissíveis e negligenciadas

Pesquisadores que se dedicam ao estudo sobre malária, tuberculose, leishmaniose, zika, hanseníase e doença de chagas, poderão concorrer, neste ano, aos R$50 milhões que serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Isso porque, conforme anúncio feito nesta semana, a partir de agosto, serão publicadas, no site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), três chamadas públicas direcionadas à temática das doenças transmissíveis e negligenciadas.

Os projetos desenvolvidos terão duração de 36 meses, e o apoio financeiro do Ministério da Saúde pode variar entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões.

A primeira chamada, que contará com o investimento de R$ 24 milhões, terá como foco o fomento em pesquisas que avaliem e aprimorem os processos e os medicamentos utilizados no tratamento das principais doenças tropicais em circulação no Brasil, como tuberculose, leishmaniose, zika, hanseníase e doença de chagas.

Já a segunda chamada, no valor de R$ 10 mil, será voltada especificamente a estudos que se debrucem sobre estratégias de erradicação da malária.

A terceira chamada, por sua vez, investirá R$ 16 milhões em pesquisas sobre novos medicamentos, intervenções e métodos de diagnóstico e de tratamento da tuberculose no âmbito do bloco BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Para o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Lopes Ferreira, o anúncio dos novos investimentos deve propiciar o avanço no combate a essas doenças. “Ao longo dos últimos anos, houve uma grande redução de investimentos nessas áreas e, consequentemente, observamos que os indicadores pioraram progressivamente. Entre 2016 e 2018, por exemplo, os casos de hanseníase aumentaram em 14%. A malária também é uma doença preocupante, que teve 194.271 casos notificados no país apenas no ano passado”, aponta Lincoln. “Nesse cenário, vemos como muito positivo o anúncio dos novos investimentos e temos expectativa de que aporte aos estudos propicie avanços importantes no controle dessas doenças”, afirma o presidente.

Fonte: Ascom AMB

Foto: Freepik