Cerca de 2 mil trabalhadores e dirigentes de Santas Casas e hospitais filantrópicos do Estado protestaram nesta quarta-feira (13), em frente ao Palácio Piratini para cobrar do governo do os repasses atrasados de outubro e novembro do ano passado, que somam R$ 132,6 milhões, e o custeio dos serviços, que foi cortado, no valor de R$ 300 milhões. Em função do não pagamento destes recursos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado projeta uma redução em 2015 de 4,6 milhões de procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, 10% dos 46 milhões anuais.
Caso realmente persista esta situação, a rede de hospitais filantrópicos deverá reduzir os seguintes serviços:
Exames e Diagnósticos 2.793.000
Outros Procedimentos Ambulatoriais 1.789.000
Internações 46.700
TOTAL 4.628.700 PROCEDIMENTOS A MENOS EM 2015
As Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS integram a maior rede hospitalar do Estado, respondem por 73% dos atendimentos SUS, empregam mais de 65 mil trabalhadores.
A Federação foi recebida pelo Chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. Na audiência, apesar da afirmativa de não haver verba para o pagamentos dos atrasados e do co-financiamento, o Chefe da Casa Civil propôs a criação de um grupo de trabalho para estreitar o diálogo. Integram o GT: Federação das Santas Casas, FEESSERS, Frente Parlamentar das Santas Casas e Comissão de Saúde da ALERGS. A primeira reunião deverá ocorrer até a próxima terça-feira (19).