Treinamento sobre telemedicina avançada para atendimento em abrigos é realizado na AMRIGS

O Instituto Dunga – Seleção do Bem 8 e a empresa Lauduz – Telemedicina Avançada desenvolveram um projeto solidário de atendimento médico para a população gaúcha, que está em abrigos devido as enchentes. A ação conta com diversos parceiros como a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Nesta quarta-feira, 29 de maio, a AMRIGS foi sede de treinamento da plataforma de telemedicina. A capacitação contou, em sua maioria, com a presença de profissionais da área da saúde, como enfermeiros e médicos.

“Diversos médicos tem voltado às suas funções habituais, suas consultas, suas cirurgias, como todos nós. A ideia do atendimento através deste equipamento é suprir essa carência dentro dos abrigos e unidades de saúde”, explica Dr. Caio Scocco, oftalmologista e médico voluntário do Instituto Dunga.

Para o presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., consultas médicas nos abrigos são fundamentais.

“Garantir o atendimento médico nestes locais do nosso estado é indispensável, proporcionando tratamento adequado às vítimas e oferecendo inclusive suporte psicológico essencial.”

Como funciona

O atendimento via telemedicina acontece por meio de um telekit, composto por tela, microfone, som e internet. O paciente está fisicamente presente nas casas de acolhimento e o médico em um local remoto. Com o uso do equipamento, a tecnologia transforma o abrigo em um consultório médico.

De acordo com Wilson Zatt, médico, fundador da Lauduz e ministrante do curso na AMRIGS, os voluntários facilitadores serão munidos de um esfigmomanômetro para medição de pressão arterial, e um oxímetro para mensuração do nível de oxigenação no sangue e dos batimentos cardíacos. Todos os dados aferidos são salvos na plataforma e enviados para o médico que fará o atendimento ao paciente.

Os equipamentos e o programa criado pela Lauduz podem ser manuseados por pessoas de todas as profissões, intitulados de “facilitadores”. Essa oportunidade garante que os líderes das instituições de acolhimento possam dar o suporte necessário para que a consulta médica seja efetuada com sucesso.

O projeto piloto de atendimentos de telemedicina avançada será realizado inicialmente em abrigos de Porto Alegre.