Para agência das Nações Unidas, “não se pode descansar até que o número de casos chegue a zero”
Na véspera do Dia Mundial de Combate à Pólio, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, destacou que “nunca na história da doença tão poucas crianças em tão poucos países contraíram o vírus”. No entanto, a agência da ONU afirmou que “não se pode descansar até o número de casos chegar a zero”. A data internacional é celebrada no dia 24 de outubro.
Segundo o chefe da unidade de pólio do Unicef, Peter Crowley, o progresso para erradicar a doença é “real e dramático”. Ele ressaltou que atualmente em apenas dois países no mundo ainda há o polivírus selvagem: Afeganistão e Paquistão. No entanto, o especialista afirmou que até todas as crianças em todos os lugares serem imunizadas contra a doença de forma “consistente e rotineira, a ameaça continua”.
De acordo com o Unicef, há apenas três anos, a Nigéria registrava mais da metade de todos os casos de pólio no mundo. Neste ano, pela primeira vez na história, o país conseguiu interromper a transmissão do vírus da pólio selvagem. No mês passado, a nação foi retirada da lista de países endêmicos. Este avanço “notável” da Nigéria levou o país e a região africana mais perto do que nunca da certificação de “livre da pólio”.
Na Índia, há quatro anos não há casos. Em todo o mundo, houve apenas 51 casos de pólio selvagem desde o início de 2015, em comparação com 242 casos no ano passado.
Para o Unicef, estes sucessos são resultado de “vontade política e liderança dos governos nos países afetados”, “forte mobilização e envolvimento das comunidades” e “coragem e compromisso dos trabalhadores de saúde na linha de frente”. A agência também destacou ações coordenadas dos parceiros da Iniciativa Global para Erradicação da Pólio.
Como parte de sua contribuição à Iniciativa, o Unicef distribuiu 1,7 bilhão de doses de vacina em 2014 e apoiou o treinamento de dezenas de milhares de trabalhadores em comunidades do Paquistão à Nigéria.
Peter Crowley afirmou que o objetivo da agência é interromper a transmissão da pólio a esta altura no próximo ano. No entanto, o especialista declarou que “a única forma de alcançar isso é se os países com baixos índices de vacinação redobrarem seus esforços para chegar a todas as crianças”.